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OPINIÃO: Devo tratar a dor aguda da fibromialgia descompensada na atenção primária?

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Por Felipe Moretti

Quando encaminhar o paciente?

Sim, os pacientes com dores agudas decorrentes da fibromialgia descompensada devem ser tratados na atenção primária em saúde (APS). No protocolo do Ministério da Saúde sobre encaminhamento da atenção básica para a atenção especializada em casos de reumatologia e ortopedia(1), note que o encaminhamento do paciente com fibromialgia da APS para um especialista deve ocorrer em duas situações:

a) em casos de suspeita de doença articular inflamatória — em que o encaminhamento deve ser feito para um reumatologista; ou

b) caso não se obtenha uma resposta satisfatória ao tratamento clínico otimizado por pelo menos 6 meses na APS.

Tratamento clínico otimizado neste protocolo é definido como “tratamento não medicamentoso (educação em saúde, exercícios e acompanhamento fisioterápico) e medicamentoso (como antidepressivo tricíclico e analgesia) adaptado às condições do paciente”.

Na opção b), ou seja, na segunda situação (caso não se obtenha uma resposta satisfatória ao tratamento clínico otimizado por pelo menos 6 meses) o encaminhamento do paciente com fibromialgia pode ocorrer para um serviço especializado como fisiatria ou equipe de tratamento da dor.

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Em artigo sobre recomendações para a abordagem de dor crônica em unidades básicas de saúde(2), os autores citam que o nível primário necessita maior poder de resolução dos casos. Porém, constataram em pesquisas prévias baixa utilização de tratamentos não medicamentosos e de exercícios físicos por exemplo, que são recursos altamente recomendados.

Em um outro trabalho, da Lilian Ferreira com orientação do reumatologista José Eduardo Martinez(3), eles citam que a maioria dos casos de dor crônica deveriam ser solucionados na atenção primária, e sugerem que o médico generalista deva estar capacitado para tais atendimentos.

Referências

1. Brasil. Ministério da Saúde. Reumatologia e Ortopedia [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul — versão preliminar — Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 46 p.: il. (Protocolos de encaminhamento da atenção básica para a atenção especializada; v. 3). Disponível em: https://www.ufrgs.br/telessauders/documentos/protocolos_resumos/protocolo_ms_reumatologia_ortopedia_janeiro_2016.pdf>.

2. Neto, Aristeu de Almeida Camargo, et al. Recomendações para a abordagem de dor musculoesquelética crônica em unidades básicas de saúde. Rev Bras Clin Med. São Paulo 8.5 (2010): 428–33.

3. Giovanini, Lilian Ferreira de Lima. Capacitação médica individualizada em dor crônica musculoesquelética generalizada na atenção primária à saúde. Dissertação. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2019.

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