Cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de doença alérgica
O dia 8 de julho, o Dia Mundial da Alergia é celebrado para aumentar a conscientização sobre alergias e informar.
As doenças alérgicas estão entre as seis doenças mais frequentes segundo a Organização Mundial de Saúde.
A alergia é uma reação ou resposta alterada do organismo a um alérgeno inofensivo por si só. O sistema imunológico das pessoas alérgicas cria mecanismos de defesa que se tornam prejudiciais, é um defeito do sistema imunológico.
Segundo os dados da World Allergy Organization, cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de algum tipo de doença alérgica. Nas últimas décadas, essas patologias se tornaram o principal problema de saúde nos países industrializados. Fatores ambientais e estilo de vida estão por trás do aumento alarmante de alergias.
Asma e rinite alérgica são as duas doenças alérgicas mais comuns, uma vez que, de acordo com a World Allergy Organization, o número de asmáticos no mundo excede 300 milhões de pessoas.
A alergia ao pólen tem apenas um tratamento eficaz, a imunoterapia. A polinose é causada por uma reação alérgica a pólens presentes na atmosfera, que entram no corpo, geralmente através das membranas mucosas expostas ao ar (olhos, nariz e boca). Este processo alérgico se manifesta com sintomas como coceira nos olhos, vermelhidão, lacrimejamento, espirros, congestão e coceira no nariz.
A alergia alimentar, que representa quatro por cento de todas as consultas de alergia, pode ocorrer em qualquer parte do corpo: na pele, no sistema digestivo, no sistema respiratório e, em alguns casos, um alimento pode causar reação generalizada de colapso (choque anafilático) que pode colocar em risco a vida do paciente se não for tratada de forma rápida e adequada.
Também não podemos esquecer o aumento das alergias no local de trabalho, o papel da dermatite atópica nos processos alérgicos respiratórios e o florescimento de novos alérgenos como anisakis ou látex.
Confira os tipos de alergia:
Alergias respiratórias
Podem ser causadas por diversos fatores, como ácaros, pelos de animais de estimação, fungos presentes no mofo e pólen das flores. “Normalmente, o pelo do animal não é o que causa a alergia. São proteínas das glândulas sudoríparas, salivares e sebáceas que grudam no pelo e, quando a pessoa respira, reage a essas substâncias”, explica Luisa.
Segundo a especialista, os principais cuidados em relação às alergias respiratórias envolvem estratégias de controle do ambiente para minimizar os impactos. “Os ácaros têm um reservatório principal, que é a cama. Para isso, temos capas impermeáveis que podemos colocar nos colchões e travesseiros. Em relação aos animais de estimação, recomendamos que não entrem nos quartos e além recebam banhos frequentes”.
Alergias alimentares
Alimentos também podem ser causa de reações alérgicas. Entre os principais causadores estão leite de vaca, ovo, trigo, soja, amendoim, camarão e outros frutos do mar, além de nozes e castanhas, devido a algumas proteínas presentes nesses alimentos, como a albumina, no ovo, ou o glúten nos cereais.
“Excluir o que provoca a reação é uma das formas de prevenir e tratar. Por exemplo, uma pessoa que teve reação alérgica ao camarão, se comprovamos que foi essa a causa, a dieta de exclusão vai resolver o problema”, explica Luisa.
Alergias a insetos
A picada de insetos como abelhas, vespas, marimbondos e formigas pode liberar substâncias que levam a reações alérgicas graves em algumas pessoas.
“Para casos que não podemos evitar, como a picada de insetos, temos o tratamento com imunoterapia, que são vacinas para alergia. Hoje, existem vacinas subcutâneas e sublinguais. A ideia é dessensibilizar a pessoa para aquele componente”, diz Luisa.
Alergia a medicamentos
Medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos (aspirina, dipirona, ibuprofeno, diclofenaco), antibióticos (principalmente pelicilinas) também podem causar reações. “Mediante os testes, orientamos o paciente sobre o que ele pode ou não pode tomar. Identificar os grupos aos quais pertencem os medicamentos que causam as reações é fundamental”, diz Luisa.
Alergia a vacinas
Qualquer vacina pode desencadear reações alérgicas, no entanto, os casos são raros, segundo os especialistas. “Podem ser tanto pelo componente da vacina, como alguma das substâncias utilizadas para estabilizá-la. A raridade das reações é tão grande que não constitui em uma contraindicação para a vacinação em massa da população”, explica Luisa.
Alergias da pele
Em geral, todas as alergias podem manifestar sintomas na pele como urticária, inchaço e vermelhidão. No entanto, as cutâneas também compõem um grupo específico dessas reações.
“Um exemplo é a dermatite atópica, uma alergia de pele que traz um impacto na qualidade de vida porque provoca coceira intensa e pode levar à formação de lesões. Pode ser causada tanto por ácaros ou alimentos como por infecções bacterianas locais”, afirma Luisa.
Outro tipo de alergia cutânea é a dermatite de contato, que pode ser causada por metais e produtos químicos em geral, segundo a especialista. “É comum, por exemplo, a alergia a bijuterias no local em contato com a pele. Normalmente, ela é causada por metais como níquel e cromato. Várias outras substâncias químicas podem provocar reações, como maquiagem, produtos de higiene pessoal, cosméticos, tecidos e borracha”.
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Referências
World Allergy Organization
https://www.cnnbrasil.com.br/amp/saude/2021/07/08/dia-mundial-da-alergia-o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-doenca