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OPINIÃO: Exercício, saúde mental e promoção da saúde

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Por Felipe Moretti

Nesse momento de isolamento social pelo COVID-19, e com os níveis de ansiedade possivelmente em alta, lembrar dos benefícios do exercício para saúde mental e para promoção da saúde pode ser de grande importância.

A literatura destaca já de longa data os efeitos benéficos da atividade física sobre o alívio de diferentes sintomas (como na alteração do humor, para prejuízos cognitivos e de ansiedade). Com isso, uma série de patologias podem ser tratadas ou prevenidas com a atividade física.

Alguns mecanismos que podem contribuir para as alterações induzidas pelo exercício na saúde são: relaxamento das fibras musculares e consequente redução das tensões corporais,melhora na qualidade do sono e na imunidade, influência positiva sobre os opiáceos endógenos (como as endorfinas) - substâncias químicas que possuem uma ampla gama de atividades fisiológicas - como inibição da dor, efeitos cardiovasculares, modulação do apetite, da ansiedade, efeitos comportamentais e relacionados ao humor.

Outros mecanismos possíveis incluem aptidão funcional melhorada e aumento da auto estima. Além disso, como exemplo, idosos fisicamente ativos tendem a interagir mais e estabelecer relações mais positivas em razão da própria atividade física.

Conforme cita Dr. Marco Túlio de Mello e colaboradores (1), em uma população geral, a prática regular de exercício físico está associada à ausência ou a poucos sintomas depressivos e de ansiedade. Citam também que em indivíduos diagnosticados com depressão, o exercício
físico tem se mostrado eficaz para o manejo do quadro. Pesquisas epidemiológicas confirmam que pessoas moderadamente ativas têm menos risco de desenvolverem transtornos mentais do que pessoas sedentárias, demonstrando benefícios também para funções cognitivas (2).

Entre outros aspectos destacados nos trabalhos mencionados, o exercício contribui para a integridade cerebrovascular - pois aumenta o transporte de oxigênio para o cérebro e diminui a viscosidade sanguínea -, promove melhorias na síntese e degradação de neurotransmissores
(como serotonina), produz alterações hormonais (como nas catecolaminas), tende a promover uma diminuição da pressão arterial, dos níveis de colesterol e triglicérides, inibe a agregação plaquetária e traz melhorias na qualidade de vida.

E aí, já fez o seu exercício de hoje? Vamos começar?


1) www.scielo.br/pdf/rbme/v11n3/a10v11n3.pdf
2) http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922006000200011

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