Não há, pois, ausência de doença, mas invenção de práticas de vida.
O que é a luta antimanicomial?
Uma luta por direitos fundamentais das pessoas em sofrimento mental que visa preservar a dignidade, autonomia e cidadania.
A luta antimanicomial é parte do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental, que iniciaram, em conjunto com familiares de pacientes internados, a chamada Reforma Psquiátrica.
Há um foco nos movimentos de desinstitucionalização e despatologização. O sujeito não é mais definido por seu transtorno e tem direito de habitar a sociedade à qual pertence.
"NÃO HÁ, POIS, AUSÊNCIA DE DOENÇA, MAS INVENÇÃO DE PRÁTICAS DE VIDA".
Quais práticas manicomiais ainda persistem no Hospital Geral ?
• Medicalização e patologização excessiva da vida cotidiana;
• Contenção física dos corpos;
• Não reconhecimento da individualidade de cada paciente;
• Falta de valorização à autonomia do paciente e seus familiares, não respeitando suas escolhas e desejos, que podem, muitas vezes, ser diferentes dos da equipe;
• Estigmatização do paciente com transtornos mentais, considerando-o perigoso ou incapaz de opinar, compreender situações ou tomar decisões.
Como combater as práticas manicomiais que ainda persistem ?
• A institucionalização como última medida da intervenção, quando se esgotarem todos os outros recursos;
• Prezar sempre o bem-estar e a autonomia do sujeito sobre o processo de saúde-doença;
• Tratamento humanizado, sem quaisquer castigos físicos;
• Não se restringir à ideia da medicação e internação como único conjunto de estratégias eficazes;
• Trabalhar em rede, pensando este trabalho enquanto artifício capaz de manejar para combater os discursos que produzem a loucura psiquiatrizada, impotente e perigosa.